Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, revelou que o consumo regular de abacate pode reduzir fatores de risco cardiometabólico em adultos com sobrepeso ou obesidade e resistência à insulina. O ensaio clínico randomizado e controlado teve duração de 12 semanas e contou com a participação de 93 adultos, que foram divididos em dois grupos para avaliar os efeitos do abacate na saúde.

Metodologia do Estudo

Os participantes foram aconselhados a substituir alimentos ricos em carboidratos por abacate (grupo AV) ou por um alimento controle com baixo teor de gordura e fibras (grupo C). O desfecho primário analisado foi a mudança no Índice de Sensibilidade à Insulina de Matsuda (MISI) após 12 semanas de intervenção. Outros desfechos incluíram variáveis glicêmicas, lipídios em jejum, ativação endotelial e marcadores de inflamação.

Resultados

Os resultados mostraram que o grupo que consumiu abacate apresentou maior ingestão de gorduras monoinsaturadas (MUFA) e poli-insaturadas (PUFA), fibras e vegetais em comparação com o grupo controle. Além disso, não houve mudanças significativas no peso corporal ou composição entre os grupos. Embora as diferenças no MISI entre os grupos não tenham sido estatisticamente significativas, houve tendências sugerindo melhorias na insulina em jejum e na hemoglobina glicada para o grupo AV.

Uma descoberta notável foi a redução significativa da proteína C-reativa, um marcador de inflamação, no grupo que consumiu abacate. Biomarcadores de ativação endotelial e lipoproteínas também foram influenciados positivamente pelo consumo de abacate.

Conclusões

Os pesquisadores concluíram que a substituição de carboidratos por abacate na dieta de adultos com sobrepeso ou obesidade e resistência à insulina está associada a um padrão alimentar mais saudável e a uma tendência de melhor controle da glicose e redução de biomarcadores de risco cardiometabólico. Estes resultados indicam que o abacate pode ser uma adição benéfica à dieta para melhorar a saúde cardiometabólica.

Referências e Declarações

Este estudo foi registrado em clinicaltrials.gov como NCT02695433 e os resultados foram publicados na revista Advanced Science. Os autores do estudo, incluindo Xuhuiqun Zhang, Di Xiao, Gabriela Guzmán, Editorial Indika, e Britt Burton-Freeman, possuem afiliações com a Universidade da Califórnia, San Diego.

A pesquisa foi financiada em parte pelo National Institutes of Health e pelo Shaughnessy Family Fund for Nano-ImmunoEngineering na UC San Diego.

Links de Referência

• PubMed

O consumo de abacate como parte de uma dieta equilibrada pode, portanto, ser uma estratégia eficaz para a gestão de riscos cardiometabólicos, conforme demonstrado por este estudo recente.

Disclaimer

Este estudo foi conduzido pela Universidade da Califórnia, San Diego, e registrado em clinicaltrials.gov como NCT02695433. Os resultados foram publicados na revista Advanced Science. A Dra. Nicole Steinmetz, uma das autoras principais do estudo, é co-fundadora da Mosaic ImmunoEngineering Inc. A pesquisa foi financiada em parte pelo National Institutes of Health e pelo Shaughnessy Family Fund for Nano-ImmunoEngineering na UC San Diego. Todos os autores do estudo, incluindo Xuhuiqun Zhang, Di Xiao, Gabriela Guzmán, Editorial Indika e Britt Burton-Freeman, possuem afiliações com a Universidade da Califórnia, San Diego.

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do consumo de abacate em fatores de risco cardiometabólicos em adultos com sobrepeso ou obesidade e resistência à insulina. Os resultados indicam que a substituição de carboidratos por abacate na dieta pode estar associada a um padrão alimentar mais saudável e a uma tendência de melhor controle da glicose e redução de biomarcadores de risco cardiometabólico.

Para mais detalhes, consulte o artigo completo publicado na PubMed.